O coletor reaproveitou 57,89 kg de embalagens plásticas residuais e 1,61 kg de aparas de botões. O equivalente a 1.654 embalagens de higiene pessoal com uma média de 35g e 1.610 botões de 1g.
O coletor da Cotton Move tem foco na sustentabilidade, usando materiais de excedentes industriais e resíduos urbanos para dar uma segunda vida a recursos que seriam descartados. Parcerias com cooperativas e recicladoras reforçam essa abordagem, destacando a importância da inclusão social para um ciclo de produção consciente.
Nesta etapa, o design de superfície e formulação tornam-se um exercício criativo e técnico. Os materiais recuperados por cooperativas e recicladoras passam por testes e planejamento para conferir as características desejadas ao produto final, incluindo resistência, textura e cores específicas. Aqui, exploramos e adaptamos a estética e o desempenho da superfície.
Os plásticos são separados com base na cor, tipo e nível de contaminação. Este processo de triagem é realizado em conjunto com parceiros-chave: a Cooperativa JVS, desempenhando um papel essencial na separação dos resíduos sólidos urbanos de Jaraguá do Sul, Santa Catarina; e a Recicladora ZK, situada em Pomerode, Santa Catarina, responsável pela coleta, separação e trituração de uma variedade de plásticos provenientes de indústrias e escritórios locais. A Brasil Botões também desempenha um papel crucial, separando suas próprias aparas de produção para reintegrá-las ao ciclo produtivo. Nessa triagem também foram separados botões de estoques industriais em desuso recuperados pela empresa Retalhar.
Nessa etapa, a Recicladora ZK tem um papel importante ao triturar materiais da Cooperativa JVS e da sua própria coleta e triagem. Todo o material é flocado em pedaços pequenos e transformados em grânulos iguais. Isso cria uma base uniforme para a próxima etapa da produção. Além disso, a Brasil Botões faz algo parecido ao transformar seus excedentes e os botões separados pela Retalhar em grânulos também.
Nesta fase, o material é encaminhado à RatoRói, onde passa por uma verificação de todos os insumos recuperados pelos parceiros. Essa verificação envolve uma cuidadosa comparação com as formulações desenvolvidas previamente, garantindo que os padrões sejam atendidos. Uma vez concluída essa avaliação, dá-se início ao processo de produção, marcando assim o começo de um novo ciclo de vida para os materiais.
Seguindo a formulação previamente elaborada, é realizado uma termoconformação para criar as novas superfícies. Todo o processo é realizado sem a necessidade de água e com um consumo reduzido de energia durante a produção.
Após a produção das superfícies ByePlastic, elas são cortadas e acabadas com lixa manual, preparando-as para a montagem do coletor da plataforma Cotton Move.
A RatoRói realiza a revisão e o controle de qualidade das partes que compõem o coletor com o objetivo de assegurar o máximo desempenho e aproveitamento dos produtos. A montagem final é feita pela Cotton Move.
Nesta etapa, enviamos o coletor desmontado para facilitar o transporte, e o mesmo é montado em seu destino final apenas com encaixes. Além dos atributos de design circular como fácil manutenção, monomaterial, fácil de montar e desmontar seu design possui alto valor agregado, e gera impacto positivo social e ambiental.